domingo, 30 de dezembro de 2007

Lenda 1 de quem bota música na caixa

Dudu:
negro, eletrônico, natureba.


eu.

7:16 (12 horas atrás de um domingo de 2007 à tarde)
Dudu:
sou de raça considerada inferior, negro, sou
dudu dumdum,
negro .

domingo, 23 de dezembro de 2007

lygia_clarck


lygiapensmudo

ficar com a cara apagada no dia a dia E

ACENDER-SE



Quando falta mãe, avó,
quando falta dividir
as escovas
e
nas orelhas
queremos ser família
Real...

Eu, que vim,
das 33 e 1 terço
rotações por minuto, Eu,

que vejo todos os dias amanhecerem brasa,
eu

sonhei



com os heróis
que dividiam

os roubos.
Responder
respponderresponderresponderresponder responder
em se sentir vivo da silva,
em juntar tanta estória boa
pra livro, mesmo que se prefira
virarmos filme,
em

ter que aprender na marra
o valor do suor do trabalho,
de ficar em pé,
de ter que se mexer quando
as costas doem,

e ter que aprender na marra
que aqui não é a Índia mítica, não é o Tibet
proibido,
aqui não é também
somente bananaland.

domingo, 9 de dezembro de 2007


CAIXAS com POSTAIS

O verão vem chegando,
todo luxurioso,
todo copacabanensis,
desenhado no chão e no céu
pelas cocaínas que lá Amy Winehouse,
pelas polícias que estão a toda
defendendo seus BACALHAUS de Natal,
essas polícias de merda,
e esses traficantes do asfalto,
desaparelhados,
mas com notas de CEM.

( é GODIVA II )

hoje eu queria ser a Siouxsie,
eu queria ter gravado um disco nas Bahamas, sob o SOL,
eu queria ter ido a Bali
protestar,
eu queria ter feito um disco
no Xingu,
eu vou te dizer :
Eu amo muito a sua intenção
de ter salvo essa galinha.




Queria eu
ser europeu
pra amar os trópicos !


(É GODIVA III)

.agora .( CAIXA ABERTA


agora, chegando, tive uma piração
com os ikebanas
mais complexos
a partir de umas galhadas de flamboyant,
vi que um ideal de natureza REPRESENTADO
por mãos humanas,
deveria NECESSARIAMENTE
ser algo bastante complexo.

tipo, O MATO.


quando eu era agrônomo,
a coisa que eu mais gostava
era o caos aparente de uma vegetação
à beira de um caminnho :
um matinho qualquer.

Quanto mais insignificantes as ervas, mais eu amo...

para

uma arte

na rua

o que passa ( fotografa e guarda na caixa)

na geologia

o que via e pensava

domingo, 25 de novembro de 2007

DUDU CANDELOT

Dudu:
as palavras são um restinho de vida,
as palavras são chocolates,
elas são ácidos
lisérgicos,
as palavras

são maçãs.


Dudu:
palavras são de uma solteirice só,
mas querem casar, palavras
encomendam mausoléus de antemão, palavras

sabem o signo de cada um, sabem
cantar de olhos fechados
a ladainha de cada dia, as palavras
mágicas,
que só elas...

Dudu:
elas dizem coisas
que não se entende
sem um Houaiss por perto, um Aurélio !

elas fingem dizer coisas
também.

elas não dizem
NADA

às vezes.
Dudu:

palavras também se engasga,
espinha de bacalhau,
susto aguerrido,
coração disparado
saindo pela boca : as palavras.
Dudu:
elas dizem coisas
que não se entende
sem um Houaiss por perto, um Aurélio !

elas fingem dizer coisas
também.

elas não dizem
NADA

às vezes.
Dudu:
dão nome aos bois,
dão certeza & honra
às mais vãs mentiras
que um homem esconde,
"dou minha palavra",
como se valesse ouro
e todos acreditassem...


Dudu:

palavras as tenho
sempre por perto,
como um kit de emergência,
como para-quedas cerzido em nylon camuflado,
para que eu possa
pousar suavemente
em qualquer terreno desconhecido

daqueles que o sol avermelhado batiza doido
muito menos vaca, muito menos
Drummond
que a curvatura
do Oceano Atlântico
prestes a nascer.

Carioquinha,
rastaquera,
skizofrêniko poetinha limpinho
sem traço de areia grudando
no saco.

penso no saco dos homens...

melhor ir dormir desacompanhado...

( é mais barato ! )


vou daqui pra frente


amar um travesseiro !

( continuidade)( domingo de sábado

Palavras dão nomes aos bois
mas as galinhas não ligam...

nem os peixes,
os búfalos.

Acordo com o sol tocando a face

( olhos semi-cerrados aos poucos se abrem,
herança de um bárbaro/ é ,

não tenho lavado o rosto,
depois do café palavras ...

mas se calar-me? só digitá-las
aos domingos e sábados...

Rômulo de ALmeida Portella

aqui tem uma caixa desenhada aos poucos

...espera que vou pegar uma folha...

sábado, 6 de outubro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Identification na Jungle

que chove
dores não voltam

a guarda nas margens
de um oceano em paz

tênue forte e contínua
frase esquecida

retorna
certa sorte de estado.



de ALmeida