terça-feira, 5 de agosto de 2008

PIU

Era uma galinha no lixo do meu portão; ferida. Não a vi mas quando voltei ela estava de pé num dos degraus me esperando como para entrar. A deixei no jardim; quietamente se indignava, com o bico, com as moscas e mosquitos.

Dia seguinte levei-a para o salão/estúdio; ficou num quarto pequeno que tem revistas de modas numa estante ( e agora estou pondo crítica literária, Clarice e Rosa). De manhã a visitava com o milho e água. e perguntava como estava. Ela respondia...

À noite aconteceu dela sair dali para deitar no chão, ao pé da minha cama.

Estava adoentada, em outro quarto para onde ia depois de ciscar na varanda. Às vezes entrava, olhava para mim no computador. A ouvia, no quarto, quando não conseguia mais evitar ficar com os pés para cima. A colocava direito. Ela respondia...quase não mais aflita.

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