sexta-feira, 19 de março de 2010
Sol de quase outono
O natal, o ano novo, o Carnaval e todos os dias passavam. Então me lembrei que vivia em Guanamoon, quando Zen respirava e deixo frases aqui descansarem.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
ZEN
pelo marrom e dourado
Quando chegastes aqui eras acanhado, tímido
te disse- és é muito bonito, a casa é sua
e, com sua seriedade, à vontade,
fostes entendendo isso
com atenção,
sempre na sua, rapagão bonito.
partistes, Zen,fiquei com sua força
ficastes nos meus braços, querido
conformado, você meditava,quando te olhei em lágrimas
cabeça pousada nas tuas pernas paradas, Zen,
para teu paraíso existe
tua dignidade na vida
você, meu exemplo
de olhos lindos, pelo marron e dourado.
e corria, e pedia para abrir porta
para tuas necessidades
Um dia você, me esperando chegar,
veio tão simplesmente, sem latido e,
depois, deitava
com a atenção de sempre,
com afago sempre te saudava,
rapagão o mais bonito meditava,
cabeça pousada nas tuas pernas paradas.
sábado, 19 de dezembro de 2009
RIO 1
Cidadões fluminenses queriam ir à passeata do Cabral, o filho, que chorara na televisão pelo dinheiro dos royalties do petróleo da Bacia de Campos que iria ser perdido para outros estados. A passeata ia acontecer na cidade das enchentes de chuvas.
À sombra de pestanas, de cílios, de lábios... perto de chopp e da porção de queijo prata, o brasileiro hospedado no Hotel Itaguaí estava sentado numa das poltronas forradas de plástico, sob luz amarela de luminoso de acrílico dando para ruela da Cinelândia, para os lados da Rio Branco.Do outro lado, a Biblioteca Nacional.
O porteiro notou quando todos os carros começaram a piscar seus faróis e luzes baixas enquanto cidadões começaram a se apressar tocados ali na cinelândia pela chuva sobre a passeata.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
:RIO 2
O lábio inferior do brasileiro pensa seu estado de independência. Sem se envolver com rostos correndo da passeata.
O porteiro, com seus lábios, os mexia, solta palavrões em tom baixo ao presenciar a corrida desabalada.
Direto de Guanariver, as dobras das calças brasileiras, e camisa limpa, em pé à entrada do Itaguaí vê, rápido, a mulher com cabelos molhados,cheia de palavras de ordem da passeata oficial da cidade coladas pela chuva na sua cara.
Aquelas que se liam entre gotas da marquise do hotel cujo nome luminoso de acrílico balançava-se.
sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
RIO 3
.Até, mais tarde - eu tinha dito ao atentende levado que eu estava pelas águas escritas,lépidas, sem as plataformas e com providencial lenço sobre a cabeça querendo ter encontrado táxi, correndo de volta para a Cinelândia,admirado de o para-brisa estar funcionando,quando vejo outro homem acenando como um bobo perto à falta de marquise do Paço em um amplo espaço sobre o mergulhão que não é o metrô.
O motorista esquecendo a imagem nebulosa, embaçada, olhou para o banco de trás.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
APROXIMAÇÔES
sábado, 17 de janeiro de 2009
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Marítima
... em frente à dura lâmpada de Guanamoon penso prezar a presteza dos movimentos físicos e dos cuidados psíquicos (às vezes dói a cabeça) necessários.. fazendo planos ainda em Guanariver...
Sem apressar-me, descanso a vista da lâmpada que comprara enquanto palavras cruzadas são escritas caladas por uma moça, seca, no hall do Hotel Itaguaí.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
LOVISAS!
Q EM NEW YORK, num dia,
quase um rio perto, ela chegava, GARBO, a descer pela escada de seu apartamento de quadros rosas, CÈU AZUl, conta livro biográfico, a arregaçar as mangas para ajudar a empurrar um caminhão enguiçado na rua. ( URGÊNCIA. IMAGEM QUE PROCURA
L ( maravilhosidade na cidade
sábado, 11 de outubro de 2008
"oQ?" DISSE O DOCUMENTARISTA
A afirmação da loura tingida com todos os recursos e tecnologia usados fio a fio, fora ouvida no intervalo em que ia tomar um cafézinho. Estava ao lado de uma amiga; que rapazes passavam na rua; que frequentadores cochichavam e uma música indistinta alta, ou baixa. O chão daquele bar sim, estava molhado, eu sabia na posição que fazia minhas duas pernas insistirem. A amiga da loura eu não olhara. Era mistério. Podia-se sentir
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
! diz a loura bronzeada lendo na calçada críticade um jornal barato de uma noitada operística no THEATRO MUNICIPAL.
VENHAigualar-se em GUNAMOUR- dizem cartazes do GENTILEZA postado em igrejas idênticas
VENHA engraxar-se, com cuidado, nas ondas de GNAMON para os cachorros ficarem olhando quando a caravana passa em frente a portarias de prédios com nomes dignos de índios
terça-feira, 26 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
num movimento plástico de lente. EQUILÍBRIO, Vogas ARTE
aAPROXIMAÇÂO da cÂmera em seus braços
cria distenção numa duração , diria, latejando uma forma ( um coração?) .
o conceito sensório motor transmuta-se nestes filmes num efeito de desfocamento plástico numa ação epidérmica.
É ver AÇÂO EPIDÉRMICA movimento de suspensa fílmica atmosfera , próxima ( é vê-la filmar firme e equilibradamente parada, atenta em ação.
sábado, 16 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
" interrupção no caos, interrupção no saber"
DER BLAUER ANGEL

( digita-se, ELA CANTA
VestidaDe SMOKING ou oficialMARINhEIRO.. em Platinum BLonde ( A Vênus Loura, meu filho- saindo do restaurante ONDAS, na Travessa do Ouvidor)...
E ATÉ dentro de uma fantasia de gorila num cabaretNA BERLIN DOS ANOS 20(tá ligado?)
ao ritmo compassado de batuque, sincopado, vai retirando a cabeça do anima da sua cabeça de DEUSA, mulher
Dietrich canta Lili Marlene, história de uma moça para soldados durante a guerra de silencio
D
com a alça do soutien aparecendo, e olhos inacreditáveis entra num sallon, em A Touch of Evil, quando já está tocando uma pianola mecânica, CARA, num filme de ORSON WELLS .
CLARo, CAra MArlenE WELLS. ela mesmo escolheu a roupa e perguntou a orson se estava bem ( seus olhos perguntaram)
LETRA La Vie en Rose...falou? vlw
* O N D E
meio atônito longe de passeata ele andava oned. copacabana eras sonho e ipanema não havias. o cinema rex regorgitavas. pausa para o café.
(os jornais poucos da cidade acabado de serem vendidos) mas as manchetes desapareciam as fotogtafias, cardias
HOUVE
onde se guardam os carros passos dele
ONDE SE GUARDAM OS CARROS?- dizia, surpresa, a moça que poderia ser chamada de jne fonda, em caçada humana, numa sociedade quase incendiada ao sábado com marlon brando numa lentabriga briga lenta com seu malemolente jeito stanilawski caindo na mesa, no chão de uma delegacia, invadida, e que chefiava, mas ganharia quando consegue andar mesmo devagar
COR MARLOn line ., DOCE E SELVAGEM
() .
escreviaHOUVE sinal verde na noiteOcéu Imenso e já é madrugada e dia quando vai para o trabalho com seu calçado mocassim quando se sai de onde se guarda os carros e respira
venda proibida de cigarro
GISMONTIZADO
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
Rio Zona Oeste
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
mulher

i sem saber se chegavasmeio
dia ensolarava meio ao ar
meus afazeres quase ah pensei
silêncio, sabe, em mar revolto,
parado um rosto num filme de Griffith
pensava, enquanto a barca passava no horário.
Pensei no livro, no driver quebrado
pensei saber da água e do pote de água
e nas letras que tu trocavas havia um som guardado
que saia entre as palavras até /braços guardados no leito do texto fizessem por onde pensasse a inventar meus dedos no travesseiro longe do barulho dos carros.
Como não fosse hoje à tarde em que eu dissesse au revoir pra você
(tension)
é. o mar revolto
a barca parada.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Rio Zona Norte
GENTE LOTADA
A camisa azul marinho se levanta um pouco, no peito. A pouca barriga quase aparece no metrô de superfície; quase todo momento da viagem. Quase que é Farenheit 451 do cineasta luso François Truffaut, pois um homem quase se encostava na minha bunda enquanto tantos liam jornais baratos.
... e me acometia trilha de Bernard Hermman, querendo uma câmera portátil para refilmagem hipercolorida de neo-realista filme que até hoje não vi no Rio. ...
NEO REALISMO, CLARO
que tenho norte e meu nome chegaria à estação em que saltaria, na cidade.
CIDADE
e meus passos eram tanto incorporação de Jacques Tati, não Olimpíada ...como com minha bolsa de cor militarizada era homem sabido que sou, quando me acerto, a deslizar minhas ginásticas. Na Av. Presidente Vargas à espera, e na pressa, de direitos autorais; sinal, atenção para não perder a cara
( as palmeiras crescidas nas ilhas, o barulho dos carros, a correria e beleza esburacada. Teófilo Otoni, Rio Branco
...vou ao Alfarrábio, o sebo-bar conversar com o Anderson que lá trabalha. Na rua do Rosário...calçadas estreitíssimas ( depois de silêncio dos carros e gente impondo seu espaço). Quase muda tudo. Sento-me ( não quero saber nem da revista Realidade). Alguns homens passam. Quase sózinhos, os títulos dos livros encaram muita conversa alta.
CREPÙSCULO DE HAPPY HOUR
terça-feira, 5 de agosto de 2008
temporada ( fora do Orkut)
criação de uma esperança/
desabotoa a camisa . senta, cruza as pernas. é teu aniversário!
PIU
Dia seguinte levei-a para o salão/estúdio; ficou num quarto pequeno que tem revistas de modas numa estante ( e agora estou pondo crítica literária, Clarice e Rosa). De manhã a visitava com o milho e água. e perguntava como estava. Ela respondia...
À noite aconteceu dela sair dali para deitar no chão, ao pé da minha cama.
Estava adoentada, em outro quarto para onde ia depois de ciscar na varanda. Às vezes entrava, olhava para mim no computador. A ouvia, no quarto, quando não conseguia mais evitar ficar com os pés para cima. A colocava direito. Ela respondia...quase não mais aflita.
sábado, 2 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
necessidades
foram aqueles por
pele, espaço
Conviverem em tão pura
beleza e realidade
sábado, 5 de julho de 2008
segunda-feira, 30 de junho de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
atual
um esforço maduro no sofá.
E não-sofrimento por
necessidade .
não sofrimento
pela PALAVRA
INSPIRADA( trabalho)
dor madura na madrugada,
Esforço e Frescor da cura
ficavam ao meu lado.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
independência da arte
vento a que um valente com o tempo aprende
amores
( reservada atenção das palavras)
domingo, 20 de janeiro de 2008
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
uma lenda modernista
esquecia-se
sempre tem a luta e tem outro dia.
estes instrumentos do brasil
violão, surdo,
tamborim.
horas acordam com bumbos
estrito estudo no meu canto
tão amplamente vital
que compus um samba.
Rômulo de ALmeida Portella
domingo, 30 de dezembro de 2007
Lenda 1 de quem bota música na caixa
negro, eletrônico, natureba.
eu.
7:16 (12 horas atrás de um domingo de 2007 à tarde)
Dudu:
sou de raça considerada inferior, negro, sou
dudu dumdum,
negro .
domingo, 23 de dezembro de 2007
ficar com a cara apagada no dia a dia E
Quando falta mãe, avó,
quando falta dividir
as escovas
e
nas orelhas
queremos ser família
Real...
Eu, que vim,
das 33 e 1 terço
rotações por minuto, Eu,
que vejo todos os dias amanhecerem brasa,
eu
sonhei
com os heróis
que dividiam
os roubos.
Responder
respponderresponderresponderresponder responder
em juntar tanta estória boa
pra livro, mesmo que se prefira
virarmos filme,
em
ter que aprender na marra
o valor do suor do trabalho,
de ficar em pé,
de ter que se mexer quando
as costas doem,
e ter que aprender na marra
que aqui não é a Índia mítica, não é o Tibet
proibido,
aqui não é também
somente bananaland.
domingo, 9 de dezembro de 2007
CAIXAS com POSTAIS
todo luxurioso,
todo copacabanensis,
desenhado no chão e no céu
pelas cocaínas que lá Amy Winehouse,
pelas polícias que estão a toda
defendendo seus BACALHAUS de Natal,
essas polícias de merda,
e esses traficantes do asfalto,
desaparelhados,
mas com notas de CEM.
( é GODIVA II )
eu queria ter gravado um disco nas Bahamas, sob o SOL,
eu queria ter ido a Bali
protestar,
eu queria ter feito um disco
no Xingu,
eu vou te dizer :
Eu amo muito a sua intenção
de ter salvo essa galinha.
Queria eu
ser europeu
pra amar os trópicos !
(É GODIVA III)
.agora .( CAIXA ABERTA

agora, chegando, tive uma piração
com os ikebanas
mais complexos
a partir de umas galhadas de flamboyant,
vi que um ideal de natureza REPRESENTADO
por mãos humanas,
deveria NECESSARIAMENTE
ser algo bastante complexo.
tipo, O MATO.
quando eu era agrônomo,
a coisa que eu mais gostava
era o caos aparente de uma vegetação
à beira de um caminnho :
um matinho qualquer.
Quanto mais insignificantes as ervas, mais eu amo...
domingo, 25 de novembro de 2007
DUDU CANDELOT
as palavras são um restinho de vida,
as palavras são chocolates,
elas são ácidos
lisérgicos,
as palavras
são maçãs.
Dudu:
palavras são de uma solteirice só,
mas querem casar, palavras
encomendam mausoléus de antemão, palavras
sabem o signo de cada um, sabem
cantar de olhos fechados
a ladainha de cada dia, as palavras
mágicas,
que só elas...
Dudu:
elas dizem coisas
que não se entende
sem um Houaiss por perto, um Aurélio !
elas fingem dizer coisas
também.
elas não dizem
NADA
às vezes.
Dudu:
palavras também se engasga,
espinha de bacalhau,
susto aguerrido,
coração disparado
saindo pela boca : as palavras.
Dudu:
elas dizem coisas
que não se entende
sem um Houaiss por perto, um Aurélio !
elas fingem dizer coisas
também.
elas não dizem
NADA
às vezes.
Dudu:
dão nome aos bois,
dão certeza & honra
às mais vãs mentiras
que um homem esconde,
"dou minha palavra",
como se valesse ouro
e todos acreditassem...
Dudu:
palavras as tenho
sempre por perto,
como um kit de emergência,
como para-quedas cerzido em nylon camuflado,
para que eu possa
pousar suavemente
em qualquer terreno desconhecido
daqueles que o sol avermelhado batiza doido
muito menos vaca, muito menos
Drummond
que a curvatura
do Oceano Atlântico
prestes a nascer.
Carioquinha,
rastaquera,
skizofrêniko poetinha limpinho
sem traço de areia grudando
no saco.
penso no saco dos homens...
melhor ir dormir desacompanhado...
( é mais barato ! )
vou daqui pra frente
amar um travesseiro !
( continuidade)( domingo de sábado
mas as galinhas não ligam...
nem os peixes,
os búfalos.
Acordo com o sol tocando a face
( olhos semi-cerrados aos poucos se abrem,
herança de um bárbaro/ é ,
não tenho lavado o rosto,
depois do café palavras ...
mas se calar-me? só digitá-las
aos domingos e sábados...
Rômulo de ALmeida Portella
sábado, 6 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Identification na Jungle
dores não voltam
a guarda nas margens
de um oceano em paz
tênue forte e contínua
frase esquecida
retorna
certa sorte de estado.
de ALmeida